5 de dez. de 2015

POEMAS DO COTIDIANO

Arqueologia


(martin van maele)


Arqueólogo louco do meu destino,
passeei pelo tempo em busca de mim.
Cavei sentimentos recônditos
em fundas galerias de meu ser.
Removi camadas de lodo e lama,
encontrei lavas e larvas,
ouros, tesouros, besouros
em fundas furnas funiculares.
Busquei-me a mim e não me encontrei.
Hoje, alma penada em fago-fátuo transformada,
brilho por instantes
e volto ao buraco negro de minha existência.


5.8.78

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