lavra o lábio à flauta em busca do som
e o vento que vem do âmago do músico
cria o alento do voo mágico
- o sonho se faz som
e o som sonha o suave pranto da lua
- a sala de concerto torna-se plenitude do espanto
ao voo elegante de sons de vento
mirificadamente enevolados em sons de sonhos
sonhos de vagas vidas veladas vagando
em busca da esperança que dança nas tranças bem trançadas
de destinos improváveis
ao som da flauta que os lábios assopram
a sombra da paz perpassa pelos anseios vívidos
de vidas que pulsam e flauteiam à sombra do vento
no silêncio da orquestra – o suspense de futuros
no suspense da plateia – o espanto do arrepio
quando tremem os lábios do flautista
à nota agudíssima que finaliza o concerto
– freme a plateia ao aplauso que desperta
para que o sonho do vento se concretize
– há esperança na noite em cada janela que se apaga
[plagio mais um poeta: o homem sonha a poesia nasce]
2.9.2024
(Ilustração: George Frederic Watts - Hope, 1897)
Ouça esse poema na voz do autor, ISAIAS EDSON SIDNEY, num destes canais:
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