ao aguar no jardim as suas flores
deságua o jardineiro as suas dores
ao despejar um verso apenas na página branca
o poeta o seu ser mais profundo destranca
as flores – leva-as o vento um dia
o ser do poeta permanece na poesia
assim jardineiro e poeta cruzam um com o outro seu
destino
o jardineiro – talvez feliz com o tal vento repentino
já o poeta – à poesia tem para sempre enlaçado o seu
destino
25.11.2024
(Ilustração: Claude Monet - nenúfares)
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