8 de nov. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 20.Se eu fosse...

 

(Dominação feminina: klyster; autoria não identificada)


Imaginá-la a cagar me faz um gosto e um desgosto:

Vejo-a a liberar a massa pastosa e fétida

Que, de qualquer forma, é acariciada

Pelas carnes íntimas de você,

Coisa que eu, sem acesso a esse universo,

Penso valer menos que um troço,

Que um naco de merda.

Ah!, se pelo menos merda eu fosse,

A sua merda!



(2018)


fim

7 de nov. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 19.Merda

 



(Johann Nepomuk Geiger,1805 – 1880, Austrian) 




Não reclames que é de pobre

a merda que teu cu caga:

quando minha pica te enraba,

encontra nele a função mais nobre!



(Natal, RN, 7.6.2011)

6 de nov. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 18.Boca

 



(Autoria não identificada)




Quem tem boca

não morre à míngua:

se falha o pau,

nunca falha a língua.


4 de nov. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 17.Vida

 


(Max Švabinský,1918)


Sopro de leve os pelos

de teu púbis

e abro teus segredos.

Os lábios retêm teu grelo

e tu gemes baixinho.

De novo o sopro, de novo teus pelos

se arrepiam na breve aragem:

é só a vida gozando em minha boca.



3 de nov. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 16.Tempo

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2 de nov. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 15.Flor de maio

 


(André Lambert - 1884-1929)



Abriste-me teu corpo,

com todo o teu perfume,

com todo o teu orvalho,

por uma noite apenas,

apenas por uma noite.




1 de nov. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 14.Poemas de amor

 

(Lenkiewicz - 1978)



Que sejam breves

os poemas de amor.

Breves como o leve

espasmo

de teu corpo,

meu amor, na hora

do orgasmo.





31 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 13.Pressa

 

(Paul Émile Becat)



Dispo-te em dois segundos

em louca ânsia de amar.

No entanto, correste mundos

e fundos, para achar

a mais linda lingerie

que - desculpe, eu não vi –

pudesse me agradar.





30 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 12.ÚItimo

 

(Frida Castelli) 


Enquanto no banho te lavas,

Penso, louco por foder-te:

Vieste, puta, como as escravas,

Mas não é assim que quero ver-te:

Se por qualquer dinheiro me davas,

Quero, sim, ser o último a comer-te.



29 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 11.Atriz

 

(Erich von Gotha)


Na cama-palco em que atuas

fazes-me tu mais feliz

quando tuas ancas nuas

abrem-se nesta disputa

entre teus encantos de atriz

e o nobre destino de puta.


28 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 10.Cilícios

 

(Suzanne Ballivet)




A ti me entrego em holocausto,

na chama que nasce de teu vício.

É teu corpo em transe um fausto

que compensa o meu suplício.

Não te nego e tu não me negas:

mesmo quando aperto teus cilícios,

sou eu a morrer em mil entregas.






27 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 09.Intimidade

 

Luc Lafnet (les jeux du plaisir) 




Quero a intimidade da carne

sem nenhum pudor.

Por isso, teu pequeno botão

molho com muito charme

até abri-lo na mais bela flor.


26 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 08.Tesouro

 


Serpieri: Druuna


Fechado o ânus como um cofre,

há somente uma chave para abri-lo:

por isso, para entrar, o pau sofre,

faz seu dono perder um quilo

e precisa agir com toda a perícia.

Mas depois que entra – que delícia!


25 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 07.União


 

Graveurs libertins du XVIIIe siecle: Bartolomeo Pineli-Belli, Belli Penzieri



Vem, tu dizes,

meu corpo é chama.

E então somos felizes 

na mesma cama.




24 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 06. Apelo

 


Apollonia Saintclair




A teu apelo,

não nego fogo:

chupo teu grelo,

colho teu gozo.




23 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 05.Sim!

 

(Desenho vintage: autoria não identificada)

 


Mordo-te

o seio.

Gritas

que o gozo

já veio.



22 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 04.Fogo

 

André Lambert - the cabinet of the solar plexus



Fogo

Quero-te chama,

mesmo que molhes

minha cama.

21 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 03.Dolência

 


André Lambert-Seuils empourprés



Silêncio no quarto:

depois que me chupas,

sinto-me farto.

20 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 02.Fruta

 

André Lambert-Danseuse a la Coupe de Fruits


Tu, quando acabas,

tem teu gozo o gosto

de jabuticabas.

18 de out. de 2025

POEMAS FESCENINOS: 01.Língua

 



No amor,

quem

tem

língua

não morre

à míngua.