Não há nunca um dia quente
que não possa em chuva se tornar.
O sol em lua se transforma,
quando te amo em lusco-fusco.
O sol em lua se transforma
no mesmo instante que busco
o teu sonho em líquido aroma.
Faz de ti uma estranha rima
tão estranha quanto Roma.
Não há nunca um dia quente
que não possa em chuva se tornar.
Procuro, louco, teu sorriso
e encontro teu esgar,
não de dor, mas de prazer,
quando, enfim, meu paladar
não se cansa de trazer
teus encantos de chuva e mar.
domingo, 17 de agosto de 2003
(Ilustração: Jacqueline Secor)
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