(Francisco de Goya - las brujas)
não temas as sombras da noite
as almas penadas gemendo em fundos jazigos
não temas os passos perdidos
de caminheiros solitários à luz da lua
o silêncio traz apenas o aguçar dos sentidos
nunca o tiro que alucina
ou o brilho do aço no peito desprotegido
se o vento e apenas o vento varre a rua
estão em paz os corações dos homens
não temas a noite e seus seres solitários
a esperança e o desespero não se irmanam
quando o espaço entre o teu medo e teus olhos
abrem abismos nos teus sonhos e pesadelos
contempla a treva do teu próprio desespero
cultiva o desvario das estrelas insondáveis
enquanto ainda correm sangue e húmus em tuas veias
22.9.2017
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