(Satyre faune et nymphe par Namgreb ou Bergman)
morro a cada orgasmo que me dás
aquela morte suspensa e vaga
angústia e prazer de quem chega e parte
mistério de passagens secretas
o tempo expandido num segundo de extremos
o espasmo final a trazer-te elétrons
o vento da noite a soprar-me luxúrias
morro e renasço em ti os amores
dos tempos de que não vivi eternos
e dolentes nos trilhos de vidas perdidas
o tom de flores e o enterro das cigarras
o outono de canções que sobem pelos morros
sabe a perfumes de orientes a tua pele tensa
sou o teu crucificado e o teu assassino
vibrante a vida à morte do esquecimento
e então subimos a escada eterna do fim
para os braços lassos do encontro fatal
morro assim a cada orgasmo que me dás
2.9.2017
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