um índio branco e baiano dos anos 40 de um século de guerras
desamarga o amaro passo de pássaro pelas margens do saruê
e dança o samba torto de mil amazonas sem pororoca através das serras
chegado que foi um dia pelas águas do tietê
para beber do mar a cor amara
da baía de guanabara
caetanem-se todos ao grito de alegrias tropicais
caetanem-se todos os que pularam carnavais
um índio branco e baiano dos anos 40 de um século de guerras
caminha impoluto pelos mares e pelas terras
caetaneando o brasil de cowboys e carmens mirandas
com seu trinado canto de sambas e cirandas
1.11.2021
(Ilustração: Caetano Veloso, foto da internet sem indicação de autoria)
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