enchi de vazios os espaços vazios de minha solidão
passeei pelos interstícios de sentimentos implausíveis
naveguei pelas profundezas de mágoas e desesperos
para chegar a um porto inundado por águas podres e peixes mortos
meu cérebro cansado das sinapses desconjuntadas
por torpezas que não cometi
por pecados com que sonhei
por escapes e descaminhos desesperados
quase entrou em curto-circuito
e os anseios de dias felizes afundaram de vez
nos vazios de meus abismos insondáveis
22.9.2025
(Ilustração: escultura de Albert György)
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