quando a lua enluara um luar
no leito de Luana
ela levita leve e leitosa à luz do neon
são noites de pluma e brisa
e a pluma conduz Luana para o nirvana
e a brisa conduz Luana para a luz do neon
ela aspira em si mesma os respiros do rio
e o rio lento e deleitoso corre por suas veias
e o rio lento e deleitoso abre as portas
para estranhos desejos e apelos
ardem os seus pelos
enrola rolos de areia sua língua trêfega
em mares de algas e sal mergulham seus olhos
estrugem onças dentro de seu cérebro
do nirvana à dor suprema o salto mortal
à luz da lua de neon
espelha os caminhos que se abrem à frente
têm carpetes de veludo esses caminhos
que levam Luana para os confins das estrelas
que levam Luana para os confins do universo
5.10.2025
(Ilustração: Andre Favory - una mujer dormida junto a la ventana)


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