(Paul Delvaux)
Estranhas as lendas que falam
de caminhos paralelos.
Estranhos os caminhos que seguem
para um encontro nunca realizado.
Veredas retas ou curvas,
em suaves meandros como os rios.
Ladeiras, íngremes ladeiras,
passando por inóspitas montanhas.
Vão-se assim os caminhos
lado a lado, gêmeos univitelinos,
parelhos, paralelos, para o páramo
onde, quem sabe? - enfim, no vazio,
se entrelacem num abraço de morte.
FIM
Estranhas as lendas que falam
de caminhos paralelos.
Estranhos os caminhos que seguem
para um encontro nunca realizado.
Veredas retas ou curvas,
em suaves meandros como os rios.
Ladeiras, íngremes ladeiras,
passando por inóspitas montanhas.
Vão-se assim os caminhos
lado a lado, gêmeos univitelinos,
parelhos, paralelos, para o páramo
onde, quem sabe? - enfim, no vazio,
se entrelacem num abraço de morte.
FIM