6 de fev. de 2018

Ser ateu







Sou ateu. E não preciso nem gosto de justificar os motivos. Há tanta loucura nas religiões e na crença num deus, que basta estudar um pouco de História, uma pitada de Filosofia e outro tanto de Ciência para perceber que o Homem entrou num beco sem saída com suas crendices absurdas. 

Que tipo de Homem é esse que valoriza a morte e prega a destruição do semelhante com decretos obtusos de assassínio em massa, apenas porque há um livro entre ele e o outro – seja esse livro a bíblia ou o corão? 

Que religião é essa que adora um deus morto pregado ao madeiro, considerando-o o maior de todos os filósofos, quando suas palavras nada mais eram que repetições edulcoradas de velhos valores?

Que crença é essa que mistura a vida diária com preceitos antigos ditos por um profeta que buscava apenas dar um pouco de ordem ao seu tempo, à sua tribo, enfatizando regras absurdas de comportamento saídas de seu preconceito e de suas limitações?

A velha ordem deísta já deu o que tinha de dar: desrespeito ao ser humano - a si próprio e ao outro; guerras e desunião; estupidez e assassinatos; perseguições; desvalorização da vida; atraso científico; humilhações; construções de templos majestosos e cobertos de ouro enquanto os pobres que os construíam morriam de fome; mentiras em troca de bônus na eternidade; escravismo; bestialidades; genocídio de povos que professavam outras crenças; preconceitos; desrespeito à natureza e, sobretudo, obscurantismo quanto à própria sobrevivência do homem sobre a Terra.

Portanto, não são necessários argumentos científicos (que abundam em profusão!) para ser um ateu. Basta um olhar para a história do homem até os dias de hoje, com todas as mazelas que o jogaram num beco sem saída de violência individual e coletiva.




quarta-feira, 7 de maio de 2003






(Ilustração: Claude Monet -soleil levant-1872)




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