silêncio e solidão soltos pela casa e os passos
impacientes passeiam pelo passado sombras
sem sonhos e sonhos sôfregos noturnam soturnos
por sótãos e porões rangem madeiras de outrora
ao vento de agora o velho relógio soluça e não
mais tange ao tempo pregado como um fantasma
no quadro da parede musgos molhados de mágoas
escorrem do teto e formam estranhas estalactites
de dores e lembranças lá fora não há luares
nem chove apenas na noite escura passeiam
as memórias do silêncio e da solidão soprando
pelos caminhos as folhas secas dos meus sonhos
20.9.2019
(Ilustração: Edvard Munch - to the forest - 1887)
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