a velha e desgastada metáfora da estrada da vida
que todos trilhamos e que tu sabes tem muitas bifurcações
e porque nela estás a caminhar eu te digo meu amigo
entre dois caminhos que à tua frente se estendem
escolhe sempre o caminho da esquerda sempre
encontrarás nele muitas pedras rudes que teus pés
irão ferir mas também pisarás pedras polidas
muitas pedras polidas não pelas águas que correm
pedras polidas pelo sangue dos que por ali
passaram e deixaram a marca de sua luta
respeita-as e não as pise que a dureza dos escolhos
é que farão do teu caminhar o teu sentido
de vida e encontrarás pelo caminho muitas peles
penduradas aos espinhos não te descubras por esses
que ralaram e deixaram pele e vida pelos caminhos
dá o teu quinhão e segue em frente que a única vida
que vale a pena ser vivida é não se arrepender
de cada escolha pelos caminhos que à esquerda
te levam não para a glória mas para que um dia
das peles dos espinhos e do sangue que poliu
as pedras brotem flores e cantos de pássaros
flores para as marchas e cantos para as vitórias
22.11.2019
(Ilustração: Diego Rivera)
Ouça esse poema, na voz do autor, Isaias Edson Sidney, neste endereço de podcast:
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