verde a fruta temporã
antes do tempo ainda na manhã
de junho ou julho colhida
amarra a boca e arrepia o paladar
precisa o seu gosto madurar
o fim da primavera aguardar
quando o lento movimento
do chupar e do cheirar
provoca o ansiado prazer
de que na boca o seu derretimento
em líquens e perfumes
abra os caminhos do alvorecer
o fruto ansiado
no tempo madurado
agora chupado
à língua desamarrado
traz o gemido de paraísos perdidos
e serpentes atentas a todos os gemidos
18.9.2021
(Ilustração: Rego Junior)
Você pode ouvir este poema, na voz do autor, ISAIAS EDSON SIDNEY, nos seguintes endereços:
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