o caos que acaso exista em ti
comungue com o caos que existe em mim
para que construamos mundos novos
para que imaginemos outras soluções
o mundo em que hoje vivemos queima
nos fornos da inconsciência dos capitalistas
é preciso um novo caos
um caos sem nenhum pecado original
replantado numa floresta virgem
de mentes que não mais queiram os velhos paradigmas
não há conserto na panela velha
em que cozinharam nossos sonhos
temos que construir do barro que brotar dos dilúvios
os vasos encantados de novas ilusões
nesses vasos de caos e encantos
a flor vermelha de nossos novos sonhos
guiará os passos da nova humanidade
para a estrela do amanhecer de um mundo sem guerras
nossa bandeira terá o branco do olho de todos os pássaros
nossas armas serão apenas as pás dos moinhos de vento
com o trigo da terra sem sangue assaremos nosso pão
com a luz do caos enfim surgida iluminaremos nossas palhoças
e viveremos do que nos dá a força de nossos braços
como seres humanos que respeitam toda forma de vida
como seres humanos que respeitam a terra e tudo o que há sobre ela
como seres humanos que respeitam a si mesmos
sem mordaças de leis
sem mordaças de reis
sem mordaças de deuses
livres no caos de cada um e irmanados no caos nosso de cada dia
10.9.2024
(Ilustração: Zygmunt Zaradkiewicz)
Você pode ouvir esse texto na voz do autor, ISAIAS EDSON SIDNEY, nestes endereços:
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