19 de jul. de 2025

caos de esperança

 




o caos que acaso exista em ti

comungue com o caos que existe em mim

para que construamos mundos novos

para que imaginemos outras soluções



o mundo em que hoje vivemos queima

nos fornos da inconsciência dos capitalistas



é preciso um novo caos

um caos sem nenhum pecado original

replantado numa floresta virgem

de mentes que não mais queiram os velhos paradigmas



não há conserto na panela velha

em que cozinharam nossos sonhos

temos que construir do barro que brotar dos dilúvios

os vasos encantados de novas ilusões



nesses vasos de caos e encantos

a flor vermelha de nossos novos sonhos

guiará os passos da nova humanidade

para a estrela do amanhecer de um mundo sem guerras



nossa bandeira terá o branco do olho de todos os pássaros

nossas armas serão apenas as pás dos moinhos de vento

com o trigo da terra sem sangue assaremos nosso pão

com a luz do caos enfim surgida iluminaremos nossas palhoças

e viveremos do que nos dá a força de nossos braços

como seres humanos que respeitam toda forma de vida

como seres humanos que respeitam a terra e tudo o que há sobre ela

como seres humanos que respeitam a si mesmos

sem mordaças de leis

sem mordaças de reis

sem mordaças de deuses

livres no caos de cada um e irmanados no caos nosso de cada dia





10.9.2024

(Ilustração: Zygmunt Zaradkiewicz)



Você pode ouvir esse texto na voz do autor, ISAIAS EDSON SIDNEY, nestes endereços:

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