olhar horizontes não é preciso:
só é preciso o baixar dos olhos
sonhar não é preciso:
só é preciso o construir
criar não é preciso:
só é preciso o praticar
amar não é preciso:
só é preciso o despedir-se
viver também não é preciso:
só há precisão no morrer
16.12.99
(Ilustração: Tarsila do Amaral – a lua)
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