(Albert Ramos - study of a woman)
o homem adormecido em minha cama
sonha o peso do meu passado
ah minha mãe
como é difícil para quem ama
deixar a vida de lado
sonhar como donzela
com príncipe encantado
mesmo que a delícia dela
seja a preço bem cobrado
o homem que ronca em minha cama
nada sabe da minha vida
não levarão os seus passos
nem os beijos nem a chama
da paixão aqui vivida
o calor dos meus abraços
não deixará na sua pele nua
sequer lembrança de meus traços
sou a atriz que no palco atua
para o brilho do protagonista
e não colhe aplausos da plateia
danço sozinha na pista
e ninguém nem faz ideia
de que minha dor exista
ah minha mãe o homem dorme
feliz depois dos ardores
e na sombra da noite informe
sou eu só e meus favores
ele dorme e eu só não fujo
porque nesse enterro sem caixão
quero aqui na palma da minha mão
cada centavo do rico dinheiro sujo
do preço do meu coração
25.4.2015
sonha o peso do meu passado
ah minha mãe
como é difícil para quem ama
deixar a vida de lado
sonhar como donzela
com príncipe encantado
mesmo que a delícia dela
seja a preço bem cobrado
o homem que ronca em minha cama
nada sabe da minha vida
não levarão os seus passos
nem os beijos nem a chama
da paixão aqui vivida
o calor dos meus abraços
não deixará na sua pele nua
sequer lembrança de meus traços
sou a atriz que no palco atua
para o brilho do protagonista
e não colhe aplausos da plateia
danço sozinha na pista
e ninguém nem faz ideia
de que minha dor exista
ah minha mãe o homem dorme
feliz depois dos ardores
e na sombra da noite informe
sou eu só e meus favores
ele dorme e eu só não fujo
porque nesse enterro sem caixão
quero aqui na palma da minha mão
cada centavo do rico dinheiro sujo
do preço do meu coração
25.4.2015
Você pode ouvir esse poema, na voz do autor (Isaias Edson Sidney), neste endereço de podcast:
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