15 de jul. de 2016

tardes de sol



(Jean Bailly)







tardes de sol

são sempre tardes de sol

e não há vicissitudes humanas

que impeçam o arrebol



sonham-se tardes de sol

mas não se espera o amanhã

troca-se o brilho da pedra

pela febre terçã

e o homem marcha para a noite

a eterna noite

que sempre advém

após cada uma das tardes de sol

porque o destino da vida

é ser vida apenas e nada além




9.7.2016








9.7.2016

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