o racista – roam-lhe as carnes os vermes da terra
deixo à minha náusea
o dever do vômito e da secura do olhar
transgrido a lei
ultrapasso os limites
nauseio-me de mim
arrebento meus arreios
cuspo-lhe à cara o meu desprezo
ria-me de mim embora
ria-me de mim pelo que sou
espero o seu escárnio na ponta do chifre do demônio
e trago a fumaça de sua gargalhada
para o fundo de minhas entranhas
e eu – o verme – renascerá do estrume o baobá
reviverá do revolver de minhas entranhas
no dia macabro de minha náusea final
1.8.2022
(Tim Okamura - The Defender)
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