ao abrir a janela para a luz
de um dia que se tornara noite
nos escaninhos de meu ser flutua
uma lua morta – uma lua nua –
morto estou para todas as paixões
depois dessa lua nua que morre
nos braços do dia que virou noite
na sua pele escrevi em rima pobre
versos dispersos e agora resta apenas
no leito frio a folha que me cobre
20.3.2021
(Ilustração: Catherine Abel - european winter)
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