nos eflúvios da embriaguez
não espero a minha vez
de pisar o chão etéreo da ilusão
conheça embora os caminhos
sou o estranho nesses labirintos
dos sonhos vesgos de sábios e adivinhos
que me oferecem taças de vinhos tintos
e prazeres das noites das arábias
levanto o véu da minha pretensa lucidez
para imaginar doutrinas sábias
e buscar a paz numa espécie de viuvez
em que pairam asas do vento eterno
que esparzem sobre as pedras dos caminhos
as cinzas do meu inferno
4.9.2021
(Ilustração: Jindrich Styrsky - na hrobe-1939)
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