para engrossar o caldo do teu feijão
comerás assim a ti mesmo
e vagarás sob as chibatas de máquina a máquina – a esmo
como escravo para sempre acorrentado
dos teus uivos e do teu sangue serás alimentado
e herdarão de ti um único olho os teus filhos
não poderás pensar em sair dos trilhos
que teu pensamento estará aguilhoado
de orações e de um céu que será dado
somente aos que se curvam sem gemer
a ti [ó meu príncipe escravizado] só temos a oferecer
o caldo de feijão sujo de teu sangue
e morrerás sem ter vivido – completamente exangue
24.10.2021
(Ilustração: máquina de movimento perpétuo
em ambiente industrial - criação de IA; foto da internet)
Você pode ouvir esse texto, na voz do autor, Isaias Edson Sidney, nestes endereços:
- PODCAST:
- NO YOUTUBE:
Tem toda razão,poeta!!! 👏🏼👏🏼👏🏼
ResponderExcluir