Rio verde. Rio Verde. Pequena mancha negra descendo a correnteza. Redonda mancha negra sob a ponte. Um corpo azul embaixo da pequena e redonda mancha negra passando sob a ponte. O Rio Verde, que era mais verde que o verde das árvores à sua volta, torna-se, de repente, o rio negro das ilusões perdidas de um jovem cavalariço da Escola de Sargento das Armas que perdeu a montaria da vida na traição das águas calmas do verde rio Verde, em Três Corações, Minas Gerais, Brasil. E eu tinha apenas quinze anos, quatro anos antes de 1964.
9.9.98
(Ilustração: Três Corações e o Rio Verde; MG)
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