(Bill Feigenbaum)
havia uma lua no alto do prédio vizinho
a cidade dormia
não seus habitantes
ratos e restos rastejantes roíam o contorno da lua
engendravam maquinações e crimes
sonhavam fortunas e assaltos a bancos
dominavam os nervos com ervas e pós
tremiam ódios e invejas nas mãos de cravos e calos
olhos e brilhos de faca
olhos e tiros de metralhadora
olhos e manchas por todos os cantos
os poros em crateras transmudados
nos porões e recantos
os dentes a esmigalhar crânios
as mãos de anseios a enforcar o caos
o medo
o medo
o medo
e a lua brilhava no alto como um poema parnasiano
havia uma lua no alto do prédio vizinho
a cidade dormia
não seus habitantes
ratos e restos rastejantes roíam o contorno da lua
engendravam maquinações e crimes
sonhavam fortunas e assaltos a bancos
dominavam os nervos com ervas e pós
tremiam ódios e invejas nas mãos de cravos e calos
olhos e brilhos de faca
olhos e tiros de metralhadora
olhos e manchas por todos os cantos
os poros em crateras transmudados
nos porões e recantos
os dentes a esmigalhar crânios
as mãos de anseios a enforcar o caos
o medo
o medo
o medo
e a lua brilhava no alto como um poema parnasiano
domingo, 11 de fevereiro de 2001
Nenhum comentário:
Postar um comentário