penso
logo interfiro
teu palindrômico nome
cai na minha mente
como cai a neve
nos cabelos brancos do carrasco nazista
fiz o que me ordenaram
é seu vômito de sangue
já eu sou apenas a pena que escreve
um mero cavalo
sem história e sem metafísica
ah annah ah
annah
anna
h
tu me entendes
a mim que cavo fundo
no teu paroxismo histórico
entendes-me hannah
quando dizes de ti mesma
sou eu e tu e tudo e todos
sou eu a tempestade do século XX
que destrói as torres do século XXI
és apenas em mim
um palindrômico nome a subverter meu pensamento
a trazer para mim o meu ir e vir
de um passado negro para a tua luz de sempre
há anna há poesia aqui e acolá no teu passo
ah hannah
tu és o demônio do futuro
bem-vindos os teus mistérios e tuas línguas de fogo
31.7.2018
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