há outonos no fundo dos meus olhos
e o inverno que vem a galope conspira
contra as minhas convicções de madureza
há possibilidades inauditas em cada palavra
que forma versos que formam poemas
e os poemas são marcas indeléveis da vida
da vida que pulsa em lábios que escondem verdades
e as verdades são folhas de outono em meus olhos
para que os invernos não congelem meus desejos
7.7.2020
(Ilustração: Adrien-Jean Le Mayeur de Merpres)
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