no silêncio da abóbada
e dos santos de barro
a cabeça branca baixa
sob o véu negro e tênue
de repente o branco
se tinge de vermelho
o negro se tinge de vermelho
os santos se tingem de vermelho
os olhos não têm tempo
de registrar o espanto
o grito morre no sangue
que mancha a faca
que mancha a mão
respinga o chão
leva o vermelho no sapato
para o branco da manhã
o terrorista se dobra à bala
chora o último profeta
31.10.2020
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