tocas nua as cordas
de um velho violoncelo
que me transporta
para um céu de gelo
soam acordes dissonantes
de um tempo muito antes
dos tempos de agora
em que choro o outrora
de nossos gozos tão gozosos
no espaço entre a cordas
do instrumento agora brasa
guia-te o som que extravasa
de outrora e quando acordas
voas para as asas do orgasmo
e expeles teu último espasmo
1.11.2021
(Ilustração: Joyce Lee)
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