enquanto aguardo o passo trêfego do passado
caminha a morte em linhos envolvida
sobre as tumbas rasas de faraós enlouquecidos
pisando as pedras das pirâmides ancestrais
ao sol poente do deserto amarelo
pela areia fina dos ossos ressequidos
os passos dos camelos bêbados de luz
cruzam caminhos de tapetes e arminhos
pisando corpos de outrora no agora
o vento quente do deserto sopra sem alarido
o pólen das flores murchas das tumbas reais
onde repousam há muitos séculos os meus restos mortais
enegrecidos pelas chamas de um amor não correspondido
1.12.2021
(Ilustração: Alyssa Monks)
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