quando acordado o sonho me invade
numa maré marchetada de sal e nuvem
a rima que raro uso em meus poemas – saudade
arrepia a pele do meu braço e levanta a penugem
dos meus arroubos passados me enleva e me leva
por alamedas de dias de sol onde me espera
o vulto adormecido da paixão envolta em treva
que um dia envolveu meu coração como a hera
que cobre de verde o escuro das paredes
dos velhos sobrados destruídos pelo vento
e hoje esse sonhar acordado desperta as sedes
que tive por beber desse amor perdido no esquecimento
27.1.2022
(Ilustração: Edward Hopper - solitude, 1944)
Thanks for fostering a sense of community among your readers.
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