desoladas paisagens da minha mente
por onde flutuam como nuvens de fumaça
meus fatigados anseios e eu sou o demente
que ainda desenha um futuro e traça
a linha do horizonte como limite
dos passos trôpegos a pisar caminhos de areia
no silêncio dessas paisagens o canto triste
de um pássaro que não mais semeia
a árvore do fruto mais cobiçado
a árvore que daria ao olhar que anseia
um pouco mais de amplitude
um pouco mais de juventude
22.12.2022
(Ilustrção: Dorr Bothwell - Máquina da memória, 1947)
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