(Van Gogh - stary night)
Sobe à luz do luar o sete-estrelo,
As sete luas que eu conto e reconto
Da noite em que te fiz o meu apelo.
Ai! dedilho em lira o violão, ao ponto
Em que me acalma a calma noite, à lua
Vem a tua alma, vem o vento, açoite:
Pressinto, mais que sinto, os teus adeuses.
Vento vai, vento vem nos teus cabelos
Meu abraço estilhaçado em teus braços.
No espaço de teu riso, perco o juízo,
Ao luar a lira geme e os teus pelos
Me arrebanham, me arranham, tu foges nua
Pela bruma, pela rua, és a lua!
Espuma ao leito em meu sangue o meu peito.
Sete cruzes, sete estrelas, o abraço:
No espaço em branco estão meus olhos baços
Morre a noite em teus olhos, em teus passos!
Ai! dedilho em doce lira o violão
Recordo a tua voz e os teus arpejos
E em desejos, pouco a pouco, em meu peito
Vai murchando, vai morrendo o coração.
(Letra para uma possível
canção.
Se algum compositor se interessar em musicá-la,
entre em contato
comigo, por favor).
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