não passarinho como o poeta
mas às vezes gostaria de ser
ou um bravo bem-te-vi
ou um canoro sabiá
voar por arrebóis e ver lá de cima
o serpentear do rio
a extensão da campina
sentir o arrepio do vento
na pureza de nuvens brancas
assustar-me ao grito faminto
do rápido gavião
construir um ninho aconchegante
no galho da mangueira em flor
das asas do passarinho
gozar apenas a liberdade
e brincar com o sonho
de toda a humanidade
9.5.2018
(Ilustração: foto de Fátima Alves / Lavras, MG)
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