não há nas minhas mãos
outros sinais que não sejam os sinais do tempo
foram livres as minhas mãos
nem argolas de ferro nem anéis de ouro
prenderam meus dedos apenas o tempo
o tempo de rugas e cansaços
de muito segurar gizes e canetas
de agitar ao vento a pontilhar palavras
que nem sempre chegaram aos ouvidos certos
estas mãos têm apenas o calo da poesia
e a sensibilidade de sombras sobre papéis
10.12.2018
(Ilustração: foto da internet, sem indicação de autoria)
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