8 de fev. de 2019

não sei o que quero







talvez não saiba bem o que eu quero

mas sei muito bem o que ainda espero

quando começo a escrever um poema

sempre busco resolver algum problema

se conto um conto ou invento uma história

canto para todos essa minha pobre vitória

como se fosse tal fato o objeto maior

da escrita de versos pobres em tom menor

enquadrando as rimas num misto de pobreza

e espontaneidade que esconde a esperteza

de que não há nada por trás desses versos

que já não tenha tido contos outros tão diversos

então de vez em quando escrevo versos porcaria

e apesar de tudo vejo neles muita poesia





25.1.2019

(Ilustração: Paul Bond - Dreaming of Life o Another Shore)



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