basta um respiro da terra
para vir de novo a primavera
na sombra de ventos sutis
o verme que vagueia entre raízes
comove a chuva ao florir de lírios
e o brejo seco enfim borbulha
à alma de pássaros e delírios
também em ti depois da dor
nascem vontades e precipícios
luzes e sóis de momentos felizes
basta um respiro de teu desejo
para vir de novo o teu ensejo de vida
assim como ouvir na madrugada
um piano num concerto de chopin
8.4.2020
(Ilustração: Gustave Caillebotte)
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