quando não se tem mais nenhuma escolha
é preciso que furemos a bolha
que aspiremos o ar de volta aos pulmões
para sentir da montanha o suspiro matinal
arrostar as emoções
montar num foguete para o espaço sideral
lançar nossos espinhos como faz o ouriço
correr atrás do sonho encolhido no cipoal
de desencantos que nos maltrata
porque só nós sabemos o que é isso
5.5.2021
(Ilustração: Leonor Fini, 1960)
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