16 de jul. de 2011

novos poemas do cotidiano - 13

(Alfred Kubin)


espero-te, amor




espero-te, amor,
na fímbria do horizonte



ah, não sabes
se tèm fímbrias meus horizontes?



tens razão,
estão tão estreitos os meus caminhos,
estão tão estranhos os meus passos,
estão tão desacertos os meus assobios,
que nem mais horizontes eu tenho
para que nas suas fímbrias
possa um dia te esperar



(adeus)

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