5 de jan. de 2016

quando te despes




(Auguste Leroux)





quando te despes para mim bem devagar


anseio as brancas curvas do teu seio


e aprecio de tuas ancas o doce ondular




descobres sem pejo teu corpo esguio


e eu ladrão vagabundo pelo vão da porta espio


segundo a segundo esse lento desvelar




nesse instante para mim o que realmente importa


não é tua plena e deliciosa nudez


ou cada detalhe de teu corpo que me convida


a recolher em todo o meu desejo a altivez




nesse instante querida teu corpo nu e altivo


celebra o fato de que te amo e ainda estou vivo



22.12.2015

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