no meio da noite por trás das nuvens finas a luz da lua
o rendilhado etéreo das folhas da pitangueira acentua
num leve e sedoso balançar ao vento que vem do sul
o som do vento mal se ouve ao longo do gramado à soleira
da porta que se abre ao sonho e à esperança agora azul
que brota da fonte da memória para um lugar qualquer
no meio da montanha o caminho de pedra e o canto agônico
de um pássaro ferido ao qual se junta o ritmo sinfônico
dos meus pés nas pedras e do som pelo vento abafado
das batidas do meu coração em busca dos olhos da mulher
que uma vez iluminou à luz da lua este coração angustiado
26.11.2018
(Ilustração: Konstantin Somov - masquerade)
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