os teus braços são as asas
que me levam pelos ares
ao sol de ícaro me abrasas
mergulhas-me nos teus mares
onde renascida vênus
entregas-me teus tesouros
tornamo-nos mais plenos
cobertos de escamas e ouros
com teu ventre de água e fogo
meu corpo enlaças e encobres
na roleta do teu jogo
sinto-me um deus entre os nobres
pelas curvas dos teus seios
perco-me sem redenção
nos búzios de teus enleios
do inferno mais um tritão
8.7.2019
(Ilustração: François Boucher, Le_Triomphe de Vénus, après 1743)
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