12 de jan. de 2020

sem sentido ou sem vestido algum




quando houver chuva na lua

dançarei seu sucesso insalubre

no passo do espaço entre o paço

e o fosso do poço no pêndulo

o tempo da técnica e cavam

a toupeira a caveira e o escravo

o túnel da desgraça por onde passa

o passo do gato e eu escapo do papo

da rã na manhã sem moscas nem

pássaros de pano e papel pregados

no pé de jambo tocando um mambo

à flauta que falta ao roqueiro

vezeiro estrangeiro montado

no carneiro sem tempo para ver

que há chuva na lua molhando a pele

da diva mais nua de todos os tempos 





23.12.2019


(Ilustração: Frank Frazetta - The Moon's Rapture)

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