quando houver chuva na lua
dançarei seu sucesso insalubre
no passo do espaço entre o paço
e o fosso do poço no pêndulo
o tempo da técnica e cavam
a toupeira a caveira e o escravo
o túnel da desgraça por onde passa
o passo do gato e eu escapo do papo
da rã na manhã sem moscas nem
pássaros de pano e papel pregados
no pé de jambo tocando um mambo
à flauta que falta ao roqueiro
vezeiro estrangeiro montado
no carneiro sem tempo para ver
que há chuva na lua molhando a pele
da diva mais nua de todos os tempos
23.12.2019
(Ilustração: Frank Frazetta - The Moon's Rapture)
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