estradas da frança por onde nunca passei
estrelas da ursa que não contemplei
milhares de livros que não li nem lerei
milhares de poemas que não escrevi nem escreverei
assim a vida – cheia de impossibilidades
desejos que viram fumaça
ou como os livros – comidos pela traça
que geram um futuro de saudades
ou saudades de um futuro
improvável – impossível – irrealizável
que bate num muro
e aos poucos na inércia se desfaz
sonhos sonhados como sonhos e nada mais
29.8.2020
(Ilustração: escultura de Liu Xue)
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