aprisionas-me ao sonho
e prisioneiro sou de mim mesmo
pois que tudo quanto me proponho
é seguir o sonho e caminhar a esmo
prisão de azul e anzol
sou peixe em águas de antigas rotas
morto à chuva renasço ao teu sol
e não me importa se não me notas
o leito de rosas e espinhos
compõe o palco de luz e esplendor
onde instalas tuas asas de arminhos
e matas-me o sonho de que era o senhor
27.6.2020
(Ilustração: Theodore Ralli)
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