11 de jan. de 2021

prisioneiro de sonhos

 



aprisionas-me ao sonho

e prisioneiro sou de mim mesmo

pois que tudo quanto me proponho

é seguir o sonho e caminhar a esmo 



prisão de azul e anzol

sou peixe em águas de antigas rotas

morto à chuva renasço ao teu sol

e não me importa se não me notas



o leito de rosas e espinhos

compõe o palco de luz e esplendor

onde instalas tuas asas de arminhos

e matas-me o sonho de que era o senhor 





27.6.2020

 (Ilustração: Theodore Ralli)

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