19 de jan. de 2021

quando chove

 




quando chove de madrugada me lembro de ti

cobra coleante

coral de íris amorosas

teus seios e teu ventre de amante

que se perdeu nas noites vaporosas

de linhos e vinhos

e chegas sempre – úmida e cheia de cansaços –

mas toda vida e toda louçã

sob o sol molhado da manhã

ao aconchego de meus braços



1.7.2020

(Ilustração: Riccardo Mannelli)

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