(Chagall - la vie)
às vezes a vida vem ao vento
nas pétalas de uma flor
na semente de um fruto
mas também vem a vida aos olhos
na epifania de mundos descobertos
no interior mesmo de nossa mente
a vida não tem pejos nem lhe faltam ensejos
de explodir em galáxias distantes
ou de fluir no fundo do riacho calmo
sabe-se apenas que é vida o que pulsa
em cada célula de seres invisíveis
sob o manto de magma de vulcões
por sobre o borbulhar de gêisers
nada impede nasça e renasça
em cores em lamentos de buracos negros
no fundo do meu quintal ou em palácios
de longos corredores cobertos de pó
que seja a vida a esperança a brilhar
no fundo dos olhos da mulher desejada
não seja porém a vida a despedida
que a sombra deixa ao brilho da luz
6.5.2017
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