redemoinha em meu cérebro o pensamento
quando estou só comigo mesmo
inventam-se ideias
regurgitam-se emoções
sonham-se sonhos
despertam-se lembranças
águas turvas de sensações tornam-se claras
escancara-se à dor de viver o regozijo do encontro
não há complacência ao desencanto
e o canto do encontro do vento com as águas
ressuscita o silêncio do meu ser
para fazer-me a unidade de mim com a humanidade
ter enfim todo o universo num só suspiro
e tudo quando nesses momentos aspiro
é continuar tecendo teias em que me enrede
até que o cérebro cansado se desfaça em luz
28.6.2018
(Ilustração: Paul Signac - 1863-1935, French)
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