7 de jul. de 2018

solidão








redemoinha em meu cérebro o pensamento

quando estou só comigo mesmo

inventam-se ideias

regurgitam-se emoções

sonham-se sonhos

despertam-se lembranças

águas turvas de sensações tornam-se claras

escancara-se à dor de viver o regozijo do encontro

não há complacência ao desencanto

e o canto do encontro do vento com as águas

ressuscita o silêncio do meu ser

para fazer-me a unidade de mim com a humanidade

ter enfim todo o universo num só suspiro

e tudo quando nesses momentos aspiro

é continuar tecendo teias em que me enrede

até que o cérebro cansado se desfaça em luz



28.6.2018


(Ilustração: Paul Signac - 1863-1935, French)








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