escrevo versos que viram poemas
às vezes e os escrevo apenas
porque se não os escrevesse
jamais reencontraria a sanidade
perdida numa noite de tristeza
quando ainda cultivava uma idade
em que o vento da vida era brisa
os versos surgem escorrendo por entre
os dedos e pingando pelos caminhos
pedem somente a estranha presença
de um pouco de desalento e desalinhos
entre hemistíquios e cesuras os resquícios
do entorno da vida e de meus precipícios
16.10.2018
(Ilustração: Tyrone Wright)
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