(Tomasz Kafel)
Confrange-me o peito
dizer-te que, sim, te amo ainda,
como sempre te amei. No entanto,
com esse meu louco jeito
que a tudo atrapalha e não deslinda
a vida e todo o seu encanto,
confesso que
não te quero mais.
Mesmo que sofra, eu te digo
que, nunca, jamais
buscarei em ti qualquer abrigo
para tempos de tempestade.
E ainda vou mais longe
nesse dasafio: ainda que
busque alívio ao desfastio
nos beijos loucos
e desejos - poucos -
de outras tantas,
não terão elas de mim
um só anseio que tenha sido teu,
pois não há mais saudade de ti
nas plantas de meu jardim
que neste coração que já morreu.
Joinville, madrugada de 6.10.2012